Alvo de seis ações no Supremo Tribunal Federal, a contribuição sindical é o assunto que promete causar polêmica no retorno dos trabalhos no Congresso Nacional. As centrais sindicais pressionam o governo para que seja incluída uma emenda na Medida Provisória (MP) 808/17, assinada em 14 de novembro, que traz 17 alterações à nova legislação trabalhista, que o governo deseja aprovar até março. Foi negociada uma proposta, em que os trabalhadores continuarão obrigados ao pagamento, mas em formato diferente, em percentual que será definido no momento do dissídio coletivo, quando empregados e patrões negociam o reajuste anual de salário. O valor, que se estima que seja maior que o cobrado anteriormente, será descontado obrigatoriamente dos trabalhadores caso a MP seja aprovada e sancionada ainda este ano. Nesse caso, será proporcional ao salário, e não mais limitado a um dia de trabalho. Na prática, isso pode aumentar ainda mais a receita sindical. O presidente do Solidariedade, deputado Paulo Pereira (foto), é um dos defensores da mudança para os sindicatos mantenham suas estruturas.