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Temer não será candidato em 2018, afirma Padilha

Paulo César de Oliveira
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“Não é suficiente fazer o nosso melhor, nós temos que fazer o que é necessário”. Parafraseando o ex-premiê britânico Winston Churchill, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (foto), expôs as necessidades emergenciais que o governo federal deve tomar durante a gestão interina. “Michel Temer não será candidato em 2018. Mas o presidente tem como meta recolocar o Brasil nos trilhos do progresso do desenvolvimento”, afirmou Padilha. O ministro foi o expositor do Almoço-Debate LIDE, ontem em São Paulo, com o tema “As reformas necessárias para o Estado brasileiro”. Sob o comando de Luiz Fernando Furlan, chairman do LIDE – Grupo de Líderes Empresariais e ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o evento realizado no Hotel Grand Hyatt contou com a presença de aproximadamente 600 CEOs, presidentes e outros líderes empresariais. Padilha afirmou que a prioridade da administração interina é fazer as propostas das reformas previdenciária, fiscal, tributária, trabalhista e política. “Temer lançou alicerces do ajuste fiscal, da reforma da Previdência e da racionalização tributária. Essas reformas estão na ordem do dia", ressaltou. Para o ministro, cobrar mais impostos não é a solução para recuperar a situação de escassez em que o País se encontra. Segundo ele, apesar do enorme déficit fiscal que o governo federal enfrenta, de R$ 170 bilhões, este número pode ser zerado até o fim de 2017 ou início de 2018, mesmo sem aumento de impostos. O ministro também falou sobre a necessidade dos ajustes nas contas públicas. “Não se pode gastar mais do que se arrecada. O presidente interino montou uma equipe dos sonhos para colocar o País em ordem”, disse. Tendo como experiência sua gestão como ministro dos Transportes no governo Fernando Henrique Cardoso, de 1997 a 2001, Padilha também abordou a política de concessões. Segundo o ministro, o governo tem como missão estimular a união de capital privado e público em obras de infraestrutura para gerar emprego e renda com o Programa Crescer, coordenado por Wellington Moreira Franco. “Crise é sinônimo de oportunidades e a meta do governo é a retomada do desenvolvimento do País. A infraestrutura é um caminho. O foco é a geração de emprego imediato”, afirmou o ministro. O ministro afirmou ainda que o Brasil será outro no final da Operação Lava-Jato, que investiga recursos desviados da Petrobras, e lamentou que políticos do PMDB, partido do qual foi um dos fundadores, foram citados na operação. “A Lava-Jato traz grande contribuição para o País. Os principais agentes terão sensibilidade para saber aprofundar e encaminhar rumo a uma sinalização final. É importante que se evitem equívocos e interpretações errôneas. Cabe à Justiça, Polícia Federal e Ministério Público investigarem profundamente todos os envolvidos”, disse o ministro.

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