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Trump busca aproximação com Putin, apesar de tudo

Paulo César de Oliveira
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Nos dias que antecederam a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, seus assessores mais próximos pediram que ele reconhecesse publicamente o que os serviços de inteligência norte-americanos já haviam concluído: que a interferência russa na eleição de 2016 havia sido real. No escritório de Trump, no 26º andar da Trump Tower, assessores – como seu genro, Jared Kushner, e o futuro chefe de gabinete presidencial Reince Priebus – realizaram uma série de intervenções improvisadas, para tentar convencer o presidente eleito a aceitar a conclusão de que os chefes dos serviços de espionagem norte-americanos haviam apresentado pessoalmente a ele no dia 6 de janeiro. Os assessores tentaram convencer Trump de que seria possível confirmar a validade das informações sem com isso diminuir sua vitória eleitoral, de acordo com três pessoas que participaram dessas conversas. O mais importante é que eles disseram que fazê-lo seria a única maneira de deixar o assunto para trás politicamente, e de libertar Trump para que ele pudesse buscar seu objetivo, o de estreitar o relacionamento entre os Estados Unidos e o presidente russo Vladimir Putin.

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