O diagnóstico de que o choque inflacionário é transitório está sendo abandonado em todo mundo. O aumento da energia, os gargalos nas cadeias globais de abastecimento de produtos industrial e a disparada no preço dos alimentos viraram uma dor de cabeça para os Bancos Centrais de todo mundo. No Brasil, a tempestade perfeita já se avista no horizonte econômico e já é possível perceber o ruído dos raios e trovões através da alta na SELIC desde maio deste ano, bem como pela deterioração fiscal de nossas contas. É cada vez mais ameaçada a regra fiscal do teto dos gastos, na desesperada tentativa política que alimenta planos de reeleição. Outro fator a alimentar essa tempestade perfeita consiste na conjunção de extrema gravidade hídrica com a crise internacional do preço da energia, que pode trazer não só novos aumentos na energia elétrica, mas até necessidade de diminuição forçada na utilização da energia. (Foto reprodução internet)