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Um pouco de história

Paulo César de Oliveira
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A operação Lava Jato guarda, de certa forma, muita semelhança com o que aconteceu na Itália, com a operação Mani Pulite. Aliás, o juiz Sérgio Moro (foto) descreve os vetores que conduziram a Mani Pulite, através de um tratado publicado em 2004, sobre a operação italiana. Nele, Moro conta o que viu, o que pesquisou, e o que sentiu. Quem ler tratado entenderá o que ele está fazendo, por aqui. Observando, no entanto, os desdobramentos da operação que aqui conduz, a impressão que fica, é a de que o novelo começa a ser puxado para todos os lados. O enredo vai ficando, cada vez mais, misterioso e intrigante.

 

Não adianta chorar

A delação premiada, apesar da campanha que lhe fazem algumas famosas bancas de advogados e até mesmo a presidente, para que se tornem mal vistas, é defendida pelo Juiz Aldo Moro, que rebate a todos dizendo que ela não é uma traição à pátria. Segundo seus argumentos, “um criminoso que confessa um crime e revela a participação de outros, embora movido por interesses próprios, colabora com a Justiça e com a aplicação das leis de um país. Se as leis forem justas, não há como condenar moralmente a delação; é condenável nesse caso o silêncio”. A delação premiada, ou nos termos que os juízes preferem usar, a colaboração com a Justiça, incentivada pelos magistrados italianos, foi fundamental para resgatar o orgulho italiano. Tomara que faça o mesmo pelo Brasil.

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