Se tivessem as mesmas facilidades das autoridades brasileiras, muitos brasileiros devotos de Irmã Dulce, também cruzariam o oceano para acompanhar de perto a sua canonização. Com o prolongamento da crise, os brasileiros estão carentes de santos e heróis. Mas Irmã Dulce tem uma página especial nessa histórica. Nascida Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, em 26 de maio de 1914, em uma família de classe média de Salvador. Por volta dos 13 anos começou a fazer trabalhos sociais e aos 19 fez os votos perpétuos e passou a se chamar Irmã Dulce, uma homenagem à mãe. Foram mais de 60 anos dedicados a atender os mais necessitados.
Invasão de casas
No início dos 1940, a religiosa invadiu cinco casas abandonas em Salvador para abrigar doentes. O galinheiro do Convento de Santo Antônio virou um ambulatório pelas mãos de Irmã Dulce. Atualmente, o complexo de saúde faz três milhões e meio de procedimentos ambulatoriais por ano, todos gratuitos, pelo SUS. Em 1988, Irmã Dulce foi indicada para o Prêmio Nobel da Paz, pelo então presidente José Sarney. Irmã Dulce morreu no dia 13 de março de 1992 aos 77 anos. O seu processo de canonização começou em 2000 e só agora foi concluído.