As universidades federais vêm enfrentando dificuldades até para manter os serviços básicos. Muitos projetos foram engavetados e as obras previstas para este ano não saíram do papel. Houve uma queda no repasse de recursos de R$ 500 milhões, de janeiro a julho, segundo levantamento do site Contas Abertas. Em abril, o governo federal anunciou um contingenciamento de R$ 42,1 bilhões das contas públicas. No Ministério da Educação, o corte foi de R$ 4,3 bilhões, dos quais R$ 3,6 bilhões em despesas diretas da pasta. Com isso, o orçamento do ministério para 2017, que havia sido definido pelo Congresso em R$ 35,74 bilhões, foi reduzido para R$ 31,43 bilhões. Além disso, boa parte dos recursos está comprometida com a folha de pessoal. Só a Universidade Federal do Rio de Janeiro tem comprometido R$ 1,4 bilhão com salários. A UFMG está em quarto lugar, entre as Universidades federais, com um gasto de R$ 934,7 milhões com a folha de pagamento.