Em tempos de pandemia e de incertezas quanto ao pós- pandemia, a Usiminas é um exemplo e um estímulo aos que vivem a se lamentar das dificuldades do empreendedor e de cobrar incentivos e favores do governo para seus negócios. Na crise da economia de 2015, a siderúrgica, que já foi estatal, enfrentava dificuldades internas, com desavenças sérias entre os seus principais acionistas, que a colocaram em situação de insolvência iminente. Um acordo entre os acionistas majoritários e a seriedade na condução de uma política de recuperação econômica e de imagem, mudaram os rumos da empresa que, em seis anos reverteu sua situação financeira. No primeiro semestre de 2020, auge da crise sanitária no mundo, a Usiminas, mesmo com todo esforço de sua diretoria, apresentou um prejuízo de R$424 milhões. Em 2021, teve lucro líquido de R$ 1,2 bilhão entre janeiro e março de 2021. O Ebitda ajustado, por sua vez, atingiu R$ 2,4 bilhões, um avanço de 325% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado. Em 2015, no auge de sua crise, a Usiminas chegou a apresentar Ebitda negativo. A receita líquida, de R$ 7,1 bilhões, foi, segundo a empresa, o maior valor trimestral desde a incorporação da Cosipa, em 2009. Houve avanço da receita líquida em todas as unidades de negócio, com destaque para a Unidade de Siderurgia e Unidade de Transformação do Aço. Esta recuperação, é o resultado do esforço coletivo que envolveu todos os funcionários da empresa, e a confiança dos fornecedores e clientes. Certo de que os bons resultados vão continuar, o presidente da Usiminas, Sérgio Leite (foto), líder do processo de recuperação, garante a continuidade de um programa de investimentos iniciado em 2017. “Estamos crescendo continuamente nossa capacidade de investimentos. Foram R$ 200 mi em 2017, R$ 460 mi em 2018, R$ 690 mi em 2019 e R$ 799 mi em 2020. Em 2021, vamos saltar para R$ 1,5 bi, realizando, inclusive, a reforma do alto-forno 3, nosso principal equipamento”, afirma. Além disto, a Usiminas assinou, em abril, o Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre crescimento sustentável, e possui uma agenda com uma série de objetivos que pretende alcançar até 2030. Há metas de diversidade, segurança, responsabilidade social e emissão de CO2, numa reafirmação de seu compromisso com o meio ambiente. A empresa mantém ainda programa de inovação implementado em 2018, e vem colhendo frutos tecnológicos, seja com produtos próprios ou acelerando startups. A empresa lançou uma plataforma virtual de vendas em março, permitindo que a companhia atinja consumidores em todos os níveis de volume. É a Usiminas, que sem ufanismos é orgulho para Minas, mostrando que é possível, com seriedade e competência, superar dificuldades e seguir adiante mesmo em tempos de crise. (Foto reprodução internet)