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A crise de liderança e seus riscos para o futuro 

Paulo César de Oliveira
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O mundo caminha para um cenário de instabilidade crônica, com a ausência de uma liderança global clara. Segundo Ian Bremmer (foto/reprodução internet), do Eurasia Group, nenhum país ou coalizão demonstra capacidade ou disposição para sustentar uma agenda internacional coesa. Esse vácuo de poder, combinado com o choque de interesses nacionais e regionais, aponta para um futuro em que a “lei do mais forte” prevalece, remetendo ao que Henry Kissinger chamou de Nova Guerra Fria. A crise atual reflete a desconexão entre as instituições internacionais — como o Conselho de Segurança da ONU, FMI e Banco Mundial — e a realidade do poder global contemporâneo. Três fatores estruturais agravam essa situação: o fracasso do Ocidente em integrar a Rússia após o colapso soviético, a rejeição chinesa ao modelo democrático liberal, e a crescente desconfiança nas instituições ocidentais, amplificada por desigualdades e crises internas. Adicionalmente, problemas fiscais, demográficos e a polarização política intensificam o momento crítico, marcado pelo colapso da arquitetura de governança global moldada após a Segunda Guerra Mundial. Com a chegada da era Trump aumenta, também, a incerteza sobre o que surgirá após esse vácuo de liderança. Isso torna o momento histórico e potencialmente perigoso, com o risco de uma crise de proporções geracionais.

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