Já o candidato do PSDB, Aécio Neves (foto), que na quarta-feira pedira uma campanha limpa, adotou tom mais ameno. Mostrou imagens suas ao lado do avô Tancredo Neves, na campanha das Diretas-Já, exibiu a família e apresentou os novos aliados no segundo turno, entre os quais o candidato derrotado do PV Eduardo Jorge e partidos como o PPS, o PSC e o PSB. Assim como tem feito desde o início da corrida eleitoral, Aécio disse ser o representante da “mudança”, pediu votos aos eleitores que votaram em outros candidatos no primeiro turno e um voto de confiança e de “esperança” àqueles que não votaram para presidente da República. O tucano, que aguarda uma manifestação de apoio formal da terceira colocada nas eleições, Marina Silva, defendeu a necessidade de os políticos superarem eventuais divergências e permanecerem unidos, assim como propôs Tancredo Neves quando da disputa no Colégio Eleitoral. “Só assim vamos transformar indignação em ação”, resumiu. Em seu programa ainda comparou sua visão de governo ao que defende a adversária Dilma Rousseff e vaticinou: “Os adversários não têm limites quando o que está em jogo é seu projeto de poder”.