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Aí também não…

Paulo César de Oliveira
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Marchinha clássica do carnaval, a “Cabeleira do Zezé” é alvo de um processo na Justiça fluminense, por citar o profeta Maomé. Segundo reportagem do Jornal Extra, do Rio de Janeiro, o produtor e apresentador de TV Marcelo Abbas Musauer (foto) entrou com uma ação na Justiça contra a Irmãos Vitale, titular dos direitos autorais da marchinha, e contra João Roberto Kelly, compositor da música, alegando que ela denigre a imagem do profeta. Musauer se apresenta como fiel islâmico e levou a letra, composta há 45 anos, muito à sério. “Será que ele é bossa nova? Será que ele é Maomé? Parece que é transviado. Mas isso não sei se ele é”, diz a canção. “A música enxovalha o nome de Maomé, que criou uma das maiores religiões do mundo, o islamismo. A música mistura o profeta com uma festa profana. Imagina se fosse com Jesus Cristo e as pessoas gritassem ‘bicha, bicha’?”, defende o apresentador. O juiz Maurício Chaves de Souza Lima indeferiu o pedido por entender que a marchinha não faz menção à religião islâmica nem faz relação de Maomé a qualquer coisa negativa, e ainda considerou que Musauer é parte ilegítima, já que a ofensa não seria direta a ele e sim ao profeta e à religião islâmica. A ação foi proposta em 2008.

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