A aprovação pela Câmara dos Deputados, por 370 votos a 110, do Projeto Antifacção, aparenta mais espetáculo do que solução. O diabo mora nos detalhes: a proposição foi reformulada seis vezes em duas semanas pelo relator Guilherme Derrite (foto/reprodução internet), com aprovações adversas ao que o governo encaminhou originalmente, considerado brando. Em suma: o marco legal emergirá como arma retórica poderosa — “resposta mais dura da história” segundo Hugo Motta, presidente da Casa. Contudo, sem clareza técnica e sem apoio da cidadania, corre o risco de se tornar letra morta ou até instrumento de inviabilização das investigações. A batalha real começa agora no Senado — e será ali que se verá se o Brasil escolhe o rigor estratégico ou o teatro legislativo.











