A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta para o Brasil como o líder em cesáreas e alerta que o aumento nas práticas em partos se transformou em uma “epidemia”. A declaração foi feita em Genebra, em uma tentativa de convencer médicos, hospitais e mulheres para que repensem os partos. Para a OMS, cesáreas somente devem ser realizadas quando existem “motivos médicos”. Em 20 anos, todas as regiões do mundo registraram um aumento nos casos de cesáreas. Em média, a taxa de cesárias na Europa é de 20% a 22%, contra 15% há 20 anos. Já nos Estados Unidos, a taxa é de 32,8%. Mais da metade dos nascimentos no Brasil, segundo a OMS, são realizados por cesáreas. Hoje, apenas dois países do mundo vivem essa situação em que partos naturais são minoria. O outro é o Chipre. Pelo banco de dados da OMS, a Colômbia apresenta um número elevado, de 42%, contra 43% na República Dominicana. No Chipre, a taxa chegou a 50%, contra 47% no Irã.