A Pesquisa de Balanço do Crédito do Comércio Varejista, realizada neste mês pela área de Estudos Econômicos da Fecomércio MG, confirma que o consumidor belo-horizontino ainda prefere comprar a prazo e escolhe o cartão de crédito para parcelar as compras. O objetivo da pesquisa é levantar informações sobre a composição das vendas a prazo e do quadro de não recebimento do comércio varejista. O estudo apontou que, em novembro, as vendas parceladas (cartão de crédito, cheque pré-datado, etc) corresponderam a 55%, contra 45% das compras à vista (cartão de débito, dinheiro e cheque). Em relação a outubro, houve aumento das vendas à vista (cinco pontos percentuais) e queda no parcelamento (também de cinco pontos percentuais). Ainda segundo a pesquisa, 85,6% das transações a prazo foram feitas por meio eletrônico (cartão de crédito e cartão de crédito próprio das lojas), contra 2,6% via boletos. Mesmo com o ligeiro aumento no uso de cheques pré-datados em novembro (de 6,9% em outubro para 11,8%), o cartão é a primeira opção. “A aceitação dos cheques é uma estratégia para fortalecer o capital de giro no curto prazo e evitar o peso das taxas cobradas pelas administradoras de cartão, que giram em torno de 4% sobre a operação, de acordo com o tipo de negócio. Mas a facilidade e conveniência do acesso aos cartões, aliado ao maior risco de inadimplência dos cheques, atende aos interesses do consumidor e do mercado”, afirma Caio Gonçalves (foto), economista da Fecomércio MG. Além da praticidade, os meios eletrônicos de pagamento oferecem diversos benefícios e estímulos, como o ganho de milhagens aéreas, compras com descontos, entre outros. Em novembro, 96,4% dos estabelecimentos aceitavam pagamentos via cartão de crédito, um aumento de 5,1 pontos percentuais em relação a outubro, quando 91,3% afirmaram receber.