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Centrais querem criar o atestado de crise

Paulo César de Oliveira
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Questionado sobre uma possível incoerência entre a proposta e a disposição aventada pelo governo de reduzir os gastos com o seguro-desemprego, Wagner Freitas (foto) discordou e disse que o objetivo da política “é que ao invés de demitir, o empregador mantenha o empregado”. Ele acrescentou que é “uma alternativa ao lay-off, que cessa o contrato de trabalho” durante o período de afastamento. Freitas ressaltou ainda que não pede “alteração da CLT e mudança de lei existente”. De acordo com as centrais, para que a proposta possa ser adotada por alguma empresa, será necessário que a política “seja opcional, só possa ser implementada após um atestado de crise emitido pelo governo e o trabalhador concorde com a medida em assembleia”. O representante da Força Sindical avaliou que a proposta seria especialmente benéfica para a indústria. Ele citou como exemplo o setor automotivo. Leite disse ainda que mais detalhes sobre a proposta serão apresentados em uma nova conversa com representantes do Ministério da Fazenda, no dia 2 de dezembro. Perguntado sobre a correção na tabela do Imposto de Renda, Freitas afirmou que a questão não foi tratada durante a reunião. “Isso está em processo de negociação, mas não foi discutido”, disse ele. Também não foram abordadas as mudanças no seguro-desemprego e abono salarial. “Centrais desconhecem qualquer proposta de mudança e são contra”, avaliou Freitas. Além dos dois sindicalistas, participaram da reunião representantes da União Geral dos Trabalhadores (UGT), da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e da Nova Central Sindical.

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