A presidente Dilma espera a aprovação do projeto que, na prática, muda as regras da Lei de Responsabilidade Fiscal, para anunciar a sua futura equipe econômica. Os nomes de Joaquim Levy (foto), Nelson Barbosa e Alexandre Tombini, respectivamente para os ministérios da Fazenda e do Planejamento, e para a presidência do Banco Central deveriam ter sido anunciados na sexta-feira mas, sem qualquer explicação, o Planalto resolveu mudar a data do anúncio. Segundo alguns governistas, a presidente quer, primeiro, ver aprovada a lei que muda o cálculo do superávit primário para, só então anunciar mudanças de nomes em seu governo. O escolhido da presidente para a Fazenda, Joaquim Levy, tem resistências entre os petistas que o consideram muito próximo de alguns “tucanos”, entre eles Armínio Fraga, e pelo seu comportamento austero no controle dos gastos públicos. Esta resistência pode ser, na realidade, a razão do adiamento do anúncio dos nomes.Dilma estaria tentando convencer Levy a aceitar uma troca, assumindo o Planejamento, para que Nelson Barbosa, mais aceito pelos petistas, vai para o Ministério da Fazenda. Um dos diretores do Bradesco, Joaquim Levy, garantem os que convivem com ele, dificilmente aceitará a troca. Ele só aceita deixar a diretoria do banco para ser o ministro da Fazenda.