A presidente Dilma Rousseff (foto) disse, em entrevista no Palácio do Planalto, que o governo vai reduzir os gastos públicos. Sem anunciar medidas específicas, Dilma sinalizou que fará mudanças nas regras de concessão de pensão por morte e do seguro-desemprego, dois itens das despesas que cresceram muito nos últimos anos. Outro item que pode passar por mudança é o abono salarial. No ano passado, a despesa com seguro-desemprego e abono totalizou R$ 44,2 bilhões, um crescimento de 13,8% em relação a 2012. De janeiro a setembro deste ano, o gasto já chegou a R$ 39,9 bilhões, uma alta de 14,8% quando comparado ao mesmo período de 2013. Para Dilma, o seguro-desemprego “é um grande patrocinador de fraudes”. No caso da pensão por morte, a despesa anual do governo equivale a 3% do Produto Interno Bruto (PIB). “Vamos ter que reduzir os gastos”, afirmou a presidente, em entrevista a oito jornalistas de quatro jornais. Dilma disse que “várias contas podem ser reduzidas”, mas que o ajuste “não é só cortar gasto”. “Vamos revisitar cada conta do governo, olhar com lupa e, inclusive, mandar coisas para o Congresso”, informou. A presidente deixou claro que não pretende fechar ministérios para controlar os gastos. Segundo ela, “problema do gasto não é a quantidade de ministérios”. Ela defendeu as Pastas criadas por sua gestão (Portos, Aviação Civil e Pequenas e Médias Empresas), observando que são áreas em que o governo tem adotado uma série de medidas.Dilma estabeleceu que o “controle de gastos” é, ao lado da redução da inflação”, a prioridade da gestão macroeconômica no início do seu segundo mandato.