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Corrupção não é coisa de país pobre apenas

Paulo César de Oliveira
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Entre os setores econômicos que registraram mais ocorrências estão o de extração (19%), construção (15%), transporte e armazenamento (15%) e comunicação (10%). O levantamento também derruba a percepção de que o suborno em geral envolve uma empresa de um país desenvolvido em busca de vantagens em um país pobre. A maioria dos casos analisados envolve empresas e indivíduos de países com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) alto ou muito alto. Outro ponto analisado foi a origem da investigação. Pelo menos um terço das denúncias chegou aos tribunais por iniciativa das próprias empresas envolvidas, que, na maioria dos casos, descobriram as irregularidades por meio de auditoria interna. Em muitos casos, os acusados revelaram voluntariamente às autoridades seu envolvimento no esquema. Para a OCDE, isso pode ser resultado de sistemas legais que permitem a denúncia voluntária, especialmente em troca da redução das punições. O documento também mostra que o pagamento de propina ocorre com o conhecimento do alto escalão das empresas. Em 41% dos casos o pagamento contou com o apoio ou o conhecimento de diretores, e em 12% a iniciativa envolvia altos executivos. 

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