Na primeira reunião plenária da Assembleia Legislativa de Minas em que houve votação neste ano, os deputados aprovaram em primeiro turno o Projeto de Resolução nº 1/2015, da Mesa Diretora, que, entre outras alterações, retoma o auxílio moradia para todos os parlamentares, inclusive aqueles com residência em Belo Horizonte. A proposição ainda garante ao deputado licenciado que assumiu cargo de secretário, e que opte por receber a remuneração de parlamentar, o direito de ter o benefício mantido, além de verba indenizatória. Dos deputados presentes em plenário, 40 votaram a favor da matéria e apenas quatro em contrário: Ione Pinheiro (DEM), Marília Campos (PT), Doutor Jean Freire (PT) e João Leite (PSDB). Segundo o primeiro vice-presidente da Mesa, deputado Hely Tarqüínio (PV), a proposta de retorno do auxílio moradia é para dar “isonomia aos poderes”, já que a medida também foi aprovada para o Judiciário. O valor do benefício, até dezembro de 2013, quando foi extinto para quem tem casa na capital, era de R$ 2.850. “Aquilo foi um momento político da Casa, em fase pré-eleitoral”, disse, justificando por que a medida teria sido aprovada no ano passado. Hely (foto) ainda afirmou que se a mudança for aprovada, vai requerer o benefício. “Eu, pessoalmente, quero sim o auxílio moradia. Todos os meus eleitores sabem disso e esse passo não traduz nada pejorativo para a minha pessoa”, concluiu. Já o deputado João Leite avaliou que o fim do auxílio moradia e da verba indenizatória para deputados licenciados que ocupam o posto de secretário foram “conquistas” da Assembleia. Para ele, a aprovação da resolução, que também prevê uma reestruturação da Casa, com modificação de cargos e criação de diretorias, servirá para “privilégio de determinados parlamentares”.