A Polícia Federal (PF) informou ontem que foi um “erro” a menção ao nome do atual diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza (foto), nas perguntas feitas a presos durante os interrogatórios da sétima fase da Operação Lava Jato, em Curitiba. A informação da PF é resposta a um questionamento da Justiça Federal do Paraná. O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, determinou que a PF esclarecesse se há alguma prova concreta do envolvimento do diretor no esquema de desvio de recursos da Petrobras. A determinação do magistrado foi baseada em afirmação feita por ao menos dois delegados que colhem depoimentos dos presos desde a última sexta. Nos interrogatórios, os policiais afirmaram que o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disseram em depoimentos que empreiteiras pagaram propina também a Cosenza. Os delegados perguntavam aos presos se eles confirmavam essa informação. Na resposta, a Polícia Federal afirmou que “não há, até o momento, nos autos, qualquer elemento que evidencie a participação do atual diretor no esquema de distribuição de vantagens ilícitas no âmbito da Petrobras.Em relação ao quesito que figurou em alguns interrogatórios, por erro material, constou o nome de Cosenza em relação a eventuais beneficiários de vantagens ilícitas no âmbito da Petrobras”, afirma o documento.