No discurso a presidente voltou a defender a Petrobras, lamentou a crise vivida pela empresa por causa de esquemas de desvios de recursos e disse que o governo irá proteger a estatal de “predadores internos e de seus inimigos externos”. Acompanhada por diversas autoridades políticas do governo, dentre elas o procurador-geral da União, Rodrigo Janot (foto), Dilma afirmou que a Petrobras é a principal empresa estratégica do país e a que mais emprega. “Temos que saber apurar e punir sem enfraquecer a Petrobras. Ela tem capacidade de superar a crise e dela sair mais forte”, disse. Dilma voltou a dizer que as denúncias de corrupção na estatal serão investigadas. “Vamos apurar com rigor tudo de errado que foi feito e fortalecê-la cada vez mais”, disse. A presidente também repetiu que não compactua com a corrupção e defendeu que a Petrobras tenha uma rigorosa estrutura de governança e controle para não permitir que novos esquemas de desvio de recursos públicos possam ser implantados na estatal. “Jamais compactuei com qualquer ilícito ou mal feito. Meu governo foi o que mais combateu a corrupção, com leis mais severas, absoluta autonomia da Polícia Federal e independência sempre respeitada do Ministério Público”, disse. Dilma voltou a pedir um grande pacto nacional contra a corrupção. “Estou propondo um grande pacto nacional contra a corrupção que envolve todas as esferas de governo e todos os núcleos de poder, tanto no ambiente público ou privado”, disse. “A corrupção ofende e humilha os trabalhadores, os empresários e brasileiros honestos e de bem. A corrupção deve ser extirpada”, disse. A presidente relembrou os cinco pactos propostos por ela durante a campanha eleitoral para o combate à corrupção. Duas das medidas são: transformar em crime e punir com rigor os agentes públicos que enriquecem sem justificativa ou não demonstrem a origem dos seus ganhos e modificar a legislação eleitoral para transformar em crime a prática de caixa 2.