Diante de uma situação fiscal que se agrava a cada dia e de um descolamento das despesas públicas em relação a arrecadação, governo decidiu adotar quatro medidas, anunciadas ontem pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy (foto), com o objetivo de melhorar o caixa do governo com mais R$ 20,6 bilhões de receita. O pacote, que pode ser também chamado de “saco de maldades” prevê aumento de impostos, medida descartada pela presidente Dilma durante toda a campanha eleitoral. O ministro Levy confirmou a volta da Cide, o imposto sobre combustíveis; a elevação de 9,25% para 11,75% da alíquota do PIS/Cofins para produtos importados; e o aumento da faixa para operações de crédito (IOF) de 1,5% para 3%. Ele anunciou ainda que, através de um decreto, haverá a equiparação do atacadista ao industrial para a cobrança de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre setor de cosméticos. Na avaliação do secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, haverá impacto de 381 milhões de reais apenas com os impostos incidentes sobre os cosméticos de junho, quando entra em vigor, até dezembro deste ano. Com a retomada da Cide, cuja cobrança estava suspensa, o preço dos combustíveis terá um reajuste de 22 centavos para o litro da gasolina e de 15 centavos para o litro do óleo diesel a partir de 1º de fevereiro isto se a Petrobras não aumentar o preço dos produtos para as distribuidoras. O ministro da Fazenda evitou, na entrevista estimar o impacto nos preços dos combustíveis nas bombas.