O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou, ontem à noite, que “restrições na transferência de energia das regiões norte e nordeste para o sudeste, aliadas à elevação da demanda no horário de pico, provocaram a redução na frequência elétrica” no dia de ontem nas regiões sul, sudeste e centro-oeste, “mesmo com folga de geração no Sistema Interligado Nacional (SIN)”. O problema de falta de luz foi detectado a partir das 14h55. Em consequência, ocorreu desligamento de unidades geradoras nas usinas Angra 1, Volta Grande, Amador Aguiar 2, Sá Carvalho, Guilman Amorim, Canoas 2, Viana e Linhares, na Região Sudeste; Cana Brava e São Salvador, no Centro-Oeste; e Governador Ney Braga, no Sul, somando 2.200 megawatts (MW) de energia. Isso fez a frequência elétrica cair para 59 hertz (Hz, unidade de medida de frequência elétrica), contra o normal de 60 Hz. O ONS informou que, em conjunto com agentes distribuidores das três regiões afetadas, adotou medidas para garantir o restabelecimento da frequência elétrica às condições normais, “impactando menos de 5% da carga do sistema”. Segundo o ONS, a situação foi normalizada às 15h45. Representantes do ONS se reunirão hoje às 14h30, no Rio de Janeiro, com os agentes envolvidos para avaliar o problema, informou a Assessoria de Planejamento e Comunicação do órgão. O apagão que o governo tenta explicar atingiu cidades de Minas, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal. Na campanha eleitoral a presidente Dilma garantiu que não haveria mais apagão no país.