Um estudo da Santa Casa BH comprova repasses menores aos hospitais filantrópicos em relação aos hospitais públicos. Segundo consta no documento, os hospitais filantrópicos são responsáveis por 51% das internações no Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o Ministério da Saúde, eles somam 71% do total de internações em Minas Gerais e representam 72% do total de leitos SUS no país. Dos R$ 12 bilhões gastos com internações em 2013, por exemplo, 48% (R$ 5,8 bilhões) foram destinados aos hospitais filantrópicos. Paralelamente, os hospitais públicos são financiados pelas três esferas administrativas (municipal, estadual ou federal), com orçamentos variados. As entidades filantrópicas, entretanto, dependem de contratos firmados com o Ministério da Saúde e prefeituras municipais, que estipulam valores anuais fixos. O estudo comparativo aponta que cada um dos 489 leitos do Hospital Odilon Behrens recebe R$ 39,3 mil por mês, um valor 54% superior ao atual valor repassado à Santa Casa BH e 105% acima do valor proposto pela PBH. Em relação à FHEMIG, que conta com 2.861 leitos, o valor mensal por leito, de R$ 29,6 mil, é 16% maior que o custo atual e 54% a mais que o custeio ideal pleiteado pela Santa Casa BH junto à Prefeitura de Belo Horizonte.