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Inflação alta, PIB zerado. O quadro não poderia ser pior

Paulo César de Oliveira
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O mercado financeiro voltou a elevar a previsão de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2015, de 7,01% para 7,15%. Para 2016, a expectativa é que a inflação feche em 5,6%. Analistas estimam ainda que o país terá crescimento 0 do Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e riquezas produzidos em um país) este ano. As projeções estão no boletim Focus, divulgado ontem pelo Banco Central (BC). A previsão para o fechamento, em 2015, dos preços administrados – que são os regulados pelo governo, como gasolina e energia – também piorou, subindo de 9% para 9,48%. A projeção da taxa de câmbio foi mantida em R$ 2,80 para o fim deste ano. 

Mas é. Produção industrial cai e contas externas aumentam desequilíbrio

Com relação a Selic, taxa básica de juros da economia, o Focus manteve a projeção de que ela encerrará o ano em 12,5%. Atualmente, a Selic está em 12,25% ao ano, patamar atingido após o Comitê de Política Monetária do BC anunciar a decisão de elevá-la em 0,5 ponto percentual, no último dia 21 de janeiro. A dívida líquida do setor público foi estimada em 37,2% do PIB. No setor externo, o déficit em conta corrente, o indicador que mede o desequilíbrio das contas externas, foi mantido em US$ 78 bilhões. O saldo estimado para a balança comercial segue em US$ 5 bilhões. Os investimentos estrangeiros diretos previstos deverão permanecer em US$ 60 bilhões. Por fim, a previsão de crescimento da produção industrial recuou de 0,5%, na semana passada, para 0,44%. O Focus é uma pesquisa semanal do Banco Central. As estimativas divulgadas hoje são avaliações feitas por instituições financeiras na semana passada.

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