O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini (foto), afirmou que não deveria ser visto como surpresa que a inflação permaneça em níveis acima dos atuais nos próximos meses. “Mas estou convicto de que, após esse curto interregno, a inflação vai iniciar um longo período de declínio que culminará com o atingimento da meda de 4,5%”, disse em audiência na Comissão Mista de Orçamento (CMO), da Câmara dos Deputados. O horizonte de convergência considerado é até 2016. Entre os fatores que embasam a confiança na convergência da inflação, Tombini citou os efeitos cumulativos e defasados das ações de política monetária. Essa força, segundo ele, é complementada por uma política fiscal “contida” e por “moderação” nos subsídios em operações de crédito. De acordo com Tombini, o BC recentemente verificou a intensificação do ajuste de preços relativos (câmbio e preços administrados), que tornou o balanço de riscos para a inflação “menos favorável”.