Em um duro discurso, o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que o escândalo na Petrobras “convulsiona” o país e, como “um incêndio de largas proporções” consome a estatal e produz “chagas que corroem a probidade e as riquezas da nação”. Janot disse ver “um cenário tão desastroso na gestão” da empresa e prometeu “não descansar” para fazer com que todos respondam pelos crimes cometidos. Para o procurador, a corrupção é um problema que “mata e sangra” e defendeu que “corruptos e corruptores precisam conhecer o cárcere”. “Urge um olhar detido sobre a Petrobras, em especial sobre os procedimentos de controle a que está submetida. Em se tratando de uma sociedade de economia mista, com a presença de capital majoritário da União – e, pois, do povo brasileiro – é necessário maior rigor e transparência na sua forma de atuar”, afirmou o procurador-geral.