*O presidente Michel Temer se reuniu nesse sábado com o deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), relator que recomendou o arquivamento da denúncia contra ele na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara. Ao lado dos ministros da Educação, Mendonça Filho, e da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy, Temer recebeu o parlamentar para um almoço do qual participaram também familiares do deputado e de Imbassahy, que também é do PSDB. Segundo o deputado, os presentes no encontro conversaram somente sobre “amenidades”. “Não falamos sobre política. Foi uma coisa mais descontraída”, disse Paulo Abi-Ackel (foto). Ele disse que já havia combinado de almoçar com os ministros, quando Temer telefonou para um deles, convidando-os para o Palácio do Jaburu.
*Em evento de posse da direção do Partido dos Trabalhadores (PT) de Diadema, em São Paulo, Lula reafirmou que a única prova que existe no processo é de sua inocência. “Se o Ministério Público provar algum contrato, alguma assinatura, algum cheiro meu naquele apartamento, eu peço desculpas a vocês. Enquanto isso, vou continuar andando por esse país. Se vou ser candidato ou não, é outra história.” Na sexta-feira a defesa de Lula protocolou embargos declaratórios, muito conhecido entre os advogados como “embargos protelatório” contra a condenação do petista. Os advogados do ex-presidente seguem na mesma toada, questionando a Justiça e o Ministério Público e reafirmando que o triplex nunca foi de Lula. Este foi o primeiro recurso da defesa. Muitos outros virão.
*O relator da reforma política na Câmara, deputado Vicente Cândido (PT-SP), articula incluir em seu parecer um dispositivo para impedir que candidatos sejam presos até oito meses antes das eleições. As mudanças estão sendo discutidas em três comissões da Câmara. Vicente Cândido é o relator em duas delas. Atualmente a lei diz que 15 dias antes das eleições candidatos não poderão ser detidos ou presos, salvo o caso de flagrante delito. Vicente Cândido está propondo dois novos artigos que mudariam a lei eleitoral e o Código Eleitoral. A proposta gerou reação no Congresso. O senador Álvaro Dias (Pode-PR), criticou a tentativa de mudar o prazo para prisão de candidatos. Para ele, a medida é oportunista. “Seria uma espécie de lei ‘ficha suja’, na contramão da Lei da Ficha Limpa. Nós estaríamos consagrando a defesa da corrupção e do corrupto através do Parlamento. Seria uma desmoralização para o Congresso Nacional”, disse.
*O Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais do Rio de Janeiro (Muspe) começou a distribuir ontem, cestas básicas para os funcionários do Estado que estão com os salários atrasados. Desde 2015, o governo fluminense tem tido problemas para pagar em dia os salários dos servidores estaduais. Várias categorias estão recebendo com atraso e, às vezes, de forma parcelada. A cada dia da semana, a distribuição será feita em um local diferente e, para retirar os alimentos, o servidor tem que apresentar documento oficial de identificação com foto e um contracheque. O Rio está apenas um pouco pior do que outros estados.