O juiz federal Sérgio Moro (foto), responsável pelo processo da Lava Jato na primeira instância, determinou ontem ao Banco Central a quebra do sigilo bancário de 16 dos 23 presos da nova etapa da operação policial. Entre os suspeitos que terão as contas bancárias devassadas estão o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e executivos de algumas das principais empreiteiras do país. O magistrado também ordenou que a autoridade monetária envie à Justiça Federal do Paraná os dados bancários do lobista Fernando Soares, conhecido como “Fernando Baiano”, apontado como operador do PMDB no esquema de corrupção que atuava na Petrobras. Fernando que era apontado como foragido se apresentou ontem à polícia. No documento, o juiz federal solicita dados sobre contas, investimentos e outros ativos mantidos entre os dias 5 e 18 de novembro deste ano. Além da quebra de sigilo dos 16 suspeitos, Moro também ordenou que o Banco Central disponibilize informações bancárias de três empresas: D3TM Consultoria e Participações; Hawk Eyes Administração de Bens; e Technis Planejamento e Gestão em Negócios. O documento protocolado no Banco Central não deixa claro o motivo de ele não ter ordenado a divulgação dos dados bancários dos outros presos.