O ministro das Cidades, Gilberto Kassab (foto), disse ontem que o programa Minha Casa, Minha Vida, vitrine do governo Dilma Rousseff, não será atingido pelo corte de verbas. “Se houver cortes no Orçamento, o nosso Ministério será um dos últimos a ser afetado”, afirmou Kassab ao jornal O Estado de S. Paulo, após uma reunião com Dilma no Palácio do Planalto. Até agora, o aperto definido por decreto para os ministérios – que valerá até a aprovação do Orçamento de 2015 pelo Congresso – impõe à pasta de Cidades uma redução de gastos da ordem de R$ 1,7 bilhão ao longo do ano. “Saberemos priorizar as obras mais importantes em habitação, saneamento e mobilidade urbana e, se necessário, teremos condições de ponderar junto ao Ministério do Planejamento”, afirmou Kassab, ao ser questionado sobre a possibilidade de uma tesourada maior nos programas da pasta que comanda. “O Ministério das Cidades trabalha com problemas grandes, mas também com soluções grandes”, emendou. Kassab disse que o governo federal continua “determinado a socorrer o estado de São Paulo”, que sofre com a crise de abastecimento de água, e também em fazer parcerias com prefeituras, como a da capital paulista, para obras de habitação, mobilidade urbana e saneamento. Na sexta-feira, Kassab visitou Vitória e propôs ao governador Paulo Hartung o aumento da participação do Espírito Santo no Minha Casa, Minha Vida. Na ocasião, o ministro também garantiu que o governo Dilma dará prioridade à parceria para obras de prevenção de enchentes no estado. Kassab afirmou hoje que continuará visitando governadores e prefeitos. Sua ideia é fazer uma radiografia dos projetos e convênios em curso, em todo o país, para verificar “in loco” problemas e o que pode ser aperfeiçoado.