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Maior parte do dinheiro da corrupção não fica com políticos

Paulo César de Oliveira
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Um novo relatório que detalha casos de pagamentos de subornos por indivíduos e empresas no exterior aponta que mais da metade dos casos envolve contratos públicos e a maior parte da propina é embolsada por funcionários de empresas estatais. A conclusão é da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que promove desde 1999 uma convenção para tornar crime a prática de pagar propina para funcionários e governos estrangeiros. O documento divulgado nessa terça-feira analisa 427 processos investigados e concluídos nos últimos 15 anos, em dezessete dos 41 países signatários. A análise mostra que quase seis em dez casos (ou 57% do total) envolvem pagamento de propina para conseguir contratos públicos. Outros 12% indicam pagamento de propina para se livrar de procedimentos alfandegários. Em relação aos destinatários do dinheiro ilícito, os funcionários de empresas públicas, apesar de responderem por apenas 27% dos indivíduos processados em 224 casos que contavam com dados detalhados sobre os esquemas, embolsaram 80% da propina. Ministros e chefes de Estado foram envolvidos em 5% dos casos e receberam 11% do suborno. “Isso pode confirmar a noção preconcebida de que quanto mais poderoso o funcionário, mais ele ou ela recebe em propina”, afirma o relatório.

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