A indicação de Levy tem sido criticada por intelectuais e ativistas de movimentos sociais devido à proximidade com o setor financeiro. Atualmente, Levy é diretor-superintendente do Bradesco. “O Joaquim Levy foi excelente secretário do Tesouro do presidente Lula (foto), perfilou-se perfeitamente dentro daquilo que era a orientação do governo. Fez parte de um processo vitorioso da economia. É evidente que, ao aceitar ser ministro, ele está aderindo a este projeto e à filosofia econômica deste projeto. O nome é importante porque pela trajetória dele, traz uma credibilidade.” Segundo Carvalho, independentemente da trajetória dos novos ministros, quem toma as decisões sobre a política econômica é a presidente. “Um ministro não toma decisões autônomas. Quem dá a cor do projeto é a presidente e ela deixou claro na campanha e nos últimos quatro anos qual o nosso projeto, que é a continuidade desse projeto, que é o crescimento com inclusão social, a distribuição de renda. Não cabe falar em submissão ao setor financeiro. Agora, nós somos realistas, sabemos que temos que ter credibilidade, temos que despertar interesse dos credores internacionais. Tem um equilíbrio que você faz, tem que governar um país em cima da realidade do mercado, evidentemente”, acrescentou. Carvalho, que não estará na equipe de Dilma no segundo mandato, disse que ainda não sabe quando vai deixar o governo. Segundo ele, a presidente decidiu começar as mudanças pela equipe econômica e só depois vai alterar outras áreas do governo.