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Mesmo informada da propina estatal não achou nada de errado nos contratos

Paulo César de Oliveira
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A presidente da Petrobras, Graça Foster, admitiu na entrevista que foi informada pela empresa SBM Offshore de que funcionários da Petrobras receberam propina da companhia holandesa. Em março deste ano, a Petrobras afirmou que uma comissão interna criada pela estatal para investigar as denúncias não havia encontrado “fatos ou documentos que evidenciem” esse tipo de pagamento. “No caso da SBM, nós fizemos uma comissão interna de apuração que levou, se não me engano, 45 dias, e nessa apuração, nós não identificamos nenhuma não conformidade nos processos de contratação e, mais do isso, naquele período, nós não identificamos nenhuma sinalização de que pudesse ter havido corrupção na companhia. E foi assim que terminamos nosso trabalho”, disse Graça Foster.Ela admite, no entanto, que foi informada de que “havia, sim, pagamento de propina”. “Nós informamos aquilo que nós identificamos, nenhuma não conformidade nesse sentido. Passadas algumas semanas ou alguns meses, eu fui informada de que havia, sim, pagamento de propina para empregado ou ex-empregado de Petrobras”, afirmou Graça. “Nós recebemos informações da própria SBM que havia pagamento de propina para funcionário da Petrobras e imediatamente foi cortado. Fizemos algumas visitas, idas, à Holanda, aos Estados Unidos, inclusive, para tentar obter informações, nomes, sem sucesso. Então, até hoje não sabemos quem, nem quando. Quem paga essa conta é a própria SBM que fica fora das licitações”, declarou.

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