Dilma divulgou ainda a lista com nomes da chamada “cota do PMDB” na Esplanada. Como esperado, a senadora Kátia Abreu (foto), do Tocantins, que irá para o Ministério da Agricultura mesmo com o veto dos movimentos de sem-terras. O Ministério de Minas e Energia, no centro da Operação Lava Jato, também sofreu mudanças – mas continuará sob o comando do partido. O senador Eduardo Braga, derrotado nestas eleições ao governo do Amazonas, substituirá o ministro Edison Lobão, citado no esquema de corrupção. Horas antes do anúncio da nova equipe, Lobão confirmou que deixaria a pasta, mas ponderou que “não deve nada”. E classificou o petrolão como uma “crise circunstancial”. O deputado federal Eliseu Padilha (PMDB-RS) assumirá a Secretaria de Aviação Civil no lugar de Moreira Franco. A avaliação é que Padilha daria à pasta maior articulação política que o atual ministro. Filho do senador Jader Barbalho, Helder Barbalho (PMDB) ganhará o Ministério da Pesca após ter sido derrotado na disputa ao governo do Pará, onde Simão Jatene (PSDB) foi reeleito. Vinícius Lage, afilhado do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), continua no Turismo, conforme anúncio de ontem. Inicialmente, havia a expectativa de Lage deixar o cargo e ceder espaço ao presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB-RN), citado no escândalo do petrolão. Alves, no entanto, afirmou queria aguardar um posicionamento do Ministério Público sobre as denúncias em torno do seu nome. A expectativa é que ele assuma a cadeira em 2015.