A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga suposto esquema de corrupção e irregularidades nos contratos da Petrobras fechou um acordo ontem para não convocar integrantes do governo. Havia um pedido de depoimento do ministro da Fazenda, Guido Mantega, presidente do Conselho de Administração da estatal, e outro para ouvir a senadora e ex-ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Ontem, o jornal Valor informou que a campanha de Gleisi ao Senado em 2010 recebeu R$ 1 milhão oriundos do suposto esquema de corrupção, pagamentos de propinas a agentes políticos de PT, PMDB e PP e cartelização de empreiteiras, de acordo com o doleiro Alberto Youssef, principal alvo da operação Lava-Jato. O relator da CPI, deputado Marco Maia (foto), PT-RS, disse que Gleisi e Mantega não foram convocados por acordo político, segundo ele, o mesmo motivo para não chamar o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e outras pessoas citadas no processo de investigação com “falta de densidade nas denúncias que foram feitas”. Quase 500 requerimentos apresentados por parlamentares foram pautados na sessão desta quarta-feira, incluindo pedidos de quebra de sigilo (bancário, fiscal e telefônico) e de convocação e convite para depoimentos.