A taxa de rotatividade global no mercado de trabalho brasileiro alcançou 63,7% em 2013. Isto significa que, de cada dez empregados, seis passam por desligamento e admissão no posto de trabalho ao longo do ano. Em 2012, a taxa chegou a 64% e vem-se mantendo estável desde 2010. Os dados constam do estudo Os números da Rotatividade no Brasil: Um Olhar Sobre os Dados da Rais 2002 -2013, divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho e são referentes aos empregados celetistas. Se considerada a taxa de rotatividade, descontados os motivos ligados aos trabalhadores como morte, aposentadoria e pedido de demissão, o percentual é 43,4%. A agricultura e pecuária e a construção civil são os setores com maiores taxas de rotatividade. “Temos um mercado de trabalho que cresce, mas com rotatividade muito alta, talvez configurando um tipo de produtividade econômica perversa, porque está assentada na baixa qualidade dos postos de trabalho”, avaliou o diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz (foto).