As quatro medidas anunciadas ontem, pelo Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que aumentam impostos, foram mal recebidas pelo presidente da Federação das Indústrias de Minas- Fiemg, Olavo Machado (foto). “Até onde aumentar impostos faz com que a indústria produza? As novas medidas são boas para os banqueiros”, criticou Machado. Ele ressalta que até agora não viu nenhum movimento do governo que possa beneficiar a indústria e consequentemente o crescimento do país. “Esperava um caminho diferente como o combate a inflação e melhores medidas para redução de custos. O Brasil se tornou um país caro para se produzir, o que vem inviabilizando uma série de investimentos produtivos e minando a capacidade competitiva da indústria nacional”, comentou Machado. O industrial sempre foi contra a proposta de aumento de impostos e redução de investimentos para alcançar o equilíbrio fiscal. “A história brasileira é pródiga em casos que comprovam que o aumento de impostos não se destinou a reduzir o endividamento público, a fins específicos ao qual o imposto foi criado, ou a investimentos que elevassem a produtividade da economia. Aceitar a elevação de impostos representa simplesmente sancionar o modelo fiscal atual, ineficiente, pouco transparente e de baixa credibilidade”, finaliza.