A Petrobras enviou na manhã dessa segunda-feira comunicado ao mercado sobre as medidas que tem tomado em relação à Operação Lava Jato, da Polícia Federal, informando que avalia medidas jurídicas para ressarcimento de recursos que as investigações apontarem terem sido desviados e eventuais sobrepreços de empresas que teriam participado de cartel. Na última semana da corrida eleitoral, o escândalo do petrolão atingiu em cheio a presidente e seu antecessor, Lula da Silva. Segundo matéria da revista Veja, o doleiro Alberto Yousseff garantiu à Polícia Federal que tanto ela como Lula sabiam dos esquemas de desvios na Petrobras, investigados no âmbito da Operação Lava Jato. Ainda no comunicado, a companhia diz que nos últimos dias 24 e 25 de outubro assinou contratos com duas empresas independentes especializadas em investigação, uma brasileira e outra americana, “com o objetivo de apurar a natureza, extensão e impacto das ações que porventura tenham sido cometidas no contexto das alegações feitas pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, bem como apurar fatos e circunstâncias correlatos que tenham impacto material sobre os negócios da companhia.” Dessa forma, a diretoria executiva entende cumprir seu dever de diligência e, além das normas regulatórias e de auditoria aplicáveis pela CVM, considera o contexto do Foreign Corrupt Practices Act (“FCPA”) e da Seção 10A do Securities Act of 1934 (Seção 10A), já que a Petrobras é registrada na Securities and Exchange Commission (SEC) dos EUA. A nota afirma ainda que a companhia vem prestando esclarecimentos às autoridades – Polícia Federal, Ministério Público Federal e Poder Judiciário – e que solicitou esclarecimentos, “para subsidiar suas avaliações internas”, às empresas mencionadas na imprensa como tendo atividades sob investigação, especialmente após a repercussão da delação premiada do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa.