A agência de classificação de risco Moody’s reduziu nessa terça-feira as notas de crédito -ratings- da dívida da Petrobras em moeda estrangeira e em moeda local para Baa2, de Baa1, e manteve perspectiva negativa. Segundo o comunicado em que fala da decisão, o rebaixamento da nota reflete “a alta alavancagem financeira da Petrobras” e “a crença da Moody’s” de que essa condição só poderá se reduzir significativamente “bem depois de 2016, contrariamente às nossas expectativas iniciais, dadas as pressões descendentes sobre os preços do petróleo e da moeda local”. A perspectiva sobre a nota da estatal permanece negativa. Na nota em que anuncia o rebaixamento da avaliação da petrolífera brasileira a Moody’s inclui uma declaração de Nymia Almeida (foto), vice-presidente-sênior da agência: “Enquanto a Petrobras tem sido relativamente bem-sucedida na execução do seu programa de capitais ambicioso e cumpriu metas de produção agressivas, a alavancagem continuou a crescer em 2014, dada principalmente à sua incapacidade de repassar os custos relacionados com derivados de petróleo importados, além da desvalorização da moeda local”. Apesar das críticas aos erros das agências de risco na crise econômica mundial, essas avaliações ainda servem de parâmetro para grande parte do mercado internacional. A alteração ocorre pouco mais de um mês depois de a agência ter alterado perspectiva de nota de crédito do Brasil para negativa.