Tombini voltou a destacar a complexidade da economia internacional. No entanto, diz que embora a situação mundial seja complexa, ela “tende a colaborar para a inflação convergir à meta no horizonte relevante”. Segundo ele, parte dessa complexidade externa vem, entre outras coisas, do baixo preço do petróleo, que pode acentuar o risco de deflação em economias avançadas e ser um fator de ajuda na convergência dos preços no Brasil. Tombini acrescentou que o BC trabalha para que a inflação convirja o mais rápido possível para a meta e destacou que o horizonte é 2016, considerando os efeitos “cumulativos e defasados da política monetária”. “Não se pode perder de vista que ganhos da convergência estender-se-ão por vários anos, podendo se tornar permanentes”. Antes de retomar a convergência, a inflação em 12 meses tende a se manter elevada na esteira do realinhamento dos preços relativos da economia. “Não deveria ser tomado como surpresa nos próximos meses que a inflação fique maior do que a atual”, pontuou. O presidente do BC disse ainda que, recentemente, identificou o realinhamento dos preços administrados e que isso contribuiu para piorar o balanço de riscos. “O Banco Central fará o que for necessário para que a inflação fique mais benigna em 2015/2016”, disse.