No comando da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, órgão responsável pela articulação política, Vargas acredita que esta tarefa não é uma exclusividade da SRI, e que todos os integrantes do governo têm a obrigação de dialogar com o Legislativo. “Não tenho a ilusão de que a gente vá conseguir 100% de sucesso em tudo. Sempre a gente tem que trabalhar com a possibilidade do contraditório, de que a gente pode trabalhar um processo harmonioso, mas também com diferenças”, avaliou Pepe Vargas, sobre o contato com o Congresso. Após defender o aprofundamento da participação social na democracia representativa, papel que atribuiu também ao próprio Congresso, o ministro lembrou da reforma política como “grande compromisso” do governo. “Ainda temos que discutir dentro do governo, com o Congresso, e tentar estabelecer um acordo para votar, se não uma reforma política ideal, uma reforma política em cima de alguns pontos mínimos e que permita uma mudança no sistema político brasileiro”, declarou, dizendo-se favorável à participação da sociedade, independentemente do formato (se referendo ou plebiscito). Pepe Vargas disse ainda que não conversou com a presidenta Dilma Rousseff sobre a eleição para a presidência da Câmara em fevereiro, mas que os três candidatos merecem respeito e são “fortíssimos”, e o governo quer uma Mesa Diretora “plural” que trabalhe dentro dos princípios da independência e harmonia. Os deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Júlio Delgado (PSB-MG) (foto) concorrem ao cargo.