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Sem exportação empregos correm risco

Paulo César de Oliveira
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Pelo fato de a demanda do mercado não estar nos mesmos níveis que motivaram o crescimento do setor nos últimos anos, Martins acredita que possivelmente muitas indústrias vão adequar o seu quadro de funcionários à nova realidade de mercado, o que sinaliza para mais demissões pelas montadoras instaladas no país. Na terça-feira passada a Volkswagen anunciou a demissão de 800 funcionários da fábrica de São Bernardo do Campo, em São Paulo. O movimento tende a ser acompanhado por outras empresas. O economista David Kupfer concorda que 2015 não deve ser um ano de crescimento das vendas do setor automotivo. Ele disse à Agência Brasil que o processo foi iniciado no final do ano retrasado, quando as vendas, “primeiro, pararam de crescer e, depois, apresentaram recuo”. Kupfer lembrou que, de modo geral, as montadoras passaram por um período de expansão, mas parte importante desse crescimento foi associada a incentivos recebidos da política pública. Segundo ele, isso acabou, porém, servindo para antecipar a substituição de carros e não tanto para a criação de demanda efetivamente nova. “É evidente que, com o crédito mais caro e mais difícil, a propensão a trocar de carro reduziu, o que é típico de bens duráveis”. Por isso, o economista avalia que 2015 será um ano de reequilíbrio da demanda e da oferta de automóveis. Na prática, isso vai significar a necessidade de o setor “digerir” os estoques acumulados e, depois, ajustar a produção para um nível menos aquecido de demanda, afirmou.

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