Antes da votação, o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), se reuniu em uma sala com outros parlamentares para tentar obter consenso em relação aos requerimentos. Os pedidos mais polêmicos, como a convocação de Mantega e Gleisi, nem chegaram a ser votados. Ao sair da sala, o relator apresentou os blocos de requerimentos que entraram no acordo e que, durante a sessão, foram aprovados. Foram convocados: Márcio Andrade Bonilho, sócio da empresa Sanko Sider; João Procópio Prado, apontado como “laranja” no esquema; Marcelo Barboza Daniel; Meire Bonfim da Silva Poza (foto), ex-contadora do doleiro Youssef; Waldomiro Oliveira, suposto laranja de Youssef; Saul Sabbá, representante legal do Banco Máxima; e Rafael Ângulo Lopez, também supostamente envolvido nas irregularidades. Segundo Maia, a ideia da CPI é de “aprofundar nas investigações que estão sendo realizadas pela operação Lava-Jato”, com um número maior de sessões da Comissão. A CPI também decidiu não quebrar o sigilo de empreiteiras acusadas de participar do esquema de corrupção. Os parlamentares vão apenas pedir informações às empresas que terão dez dias para enviar as informações. Em caso de descumprimento do pedido, a Comissão poderá avaliar a quebra de sigilo bancário das companhias, informou Maia.O relator explicou que essa medida foi necessária diante de pouco tempo e grande volume de documentos que seriam entregues com a quebra de sigilo. No entanto, parlamentares da oposição reclamaram que havia tempo suficiente para essas ações no começo da CPI. A ideia de Maia é que a CPI seja concluída em 18 de dezembro, após o prazo previamente estabelecido.