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Taxa Selic mais elevada indica início de arrojo

Paulo César de Oliveira
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O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic em meio ponto percentual, de 11,25% para 11,75%. Essa é a maior taxa desde agosto de 2011. A decisão foi unânime. O resultado está em linha com o precificado pelo mercado futuro. Nos departamentos econômicos, as apostas se mostravam praticamente divididas entre manutenção no ritmo de alta ou aceleração do passo. No comunicado apresentado junto com a decisão, o Copom diz que a decisão de “intensificar” o ajuste foi tomada “neste momento” e também acena que não deve repetir a dose, pois “avalia que o esforço adicional de política monetária tende a ser implementado com parcimônia”. Antes de fazer essa avaliação, o colegiado diz que considerou os efeitos cumulativos e defasados da política monetária. Em outubro, o BC justificou a alta de 0,25 ponto apontando que “desde sua última reunião, entre outros fatores, a intensificação dos ajustes de preços relativos na economia tornou o balanço de riscos para a inflação menos favorável. À vista disso, o Comitê considerou oportuno ajustar as condições monetárias de modo a garantir, a um custo menor, a prevalência de um cenário mais benigno para a inflação em 2015 e 2016”. A possibilidade de mudança no ritmo de ajuste para o encontro de dezembro foi colocada de forma oficial pelo diretor de Política Monetária, Carlos Hamilton (foto), em discurso em Florianópolis, quando disse que o “Copom não será complacente com a inflação e, se necessário for, no momento certo, o Comitê poderá recalibrar sua ação de política monetária de modo a garantir a prevalência de um cenário benigno para a inflação nos próximos anos”. Ainda de acordo com Hamilton, que falava em seminário do BC em Florianópolis, “para o bom entendedor pingo é i”. Na semana passada, o presidente do BC, Alexandre Tombini, no discurso após ser reconduzido ao cargo, falou que o BC “tem sinalizado que não será complacente com a inflação de modo a garantir um cenário de convergência da inflação para o centro da meta de 4,5% ao ano, no horizonte relevante para a política monetária”. Votaram pela elevação da Selic os seguintes membros do Comitê: Alexandre Antonio Tombini (Presidente), Aldo Luiz Mendes, Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, Luiz Awazu Pereira da Silva, Luiz Edson Feltrim e Sidnei Corrêa Marques.”

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