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Uma disputa escondida

Paulo César de Oliveira
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A retomada do processo de votação na Assembleia de Minas não será fácil. A questão vai além da presença dos parlamentares governistas no esforço concentrado marcado para amanhã, com a convocação de plenárias pela manhã, à tarde e à noite. A votação marca o primeiro embate político entre o governo que sai e os petistas que chegam. Não há entre os futuros comandantes do Estado qualquer disposição de permitir a aprovação de projetos que, de qualquer forma, tenham reflexos sobre as finanças estaduais. Os petistas entendem também que não devem aprovar agora projetos que beneficiem os servidores. Querem deixá-los para fevereiro, quando a Assembleia terá uma nova composição. Neste caso o objetivo é permitir que o novo governador, Fernando Pimentel, capitalize com a concessão dos benefícios. Esta orientação de impedir as votações, através de ações de obstrução das votações, um mecanismo regimental que favorece as minorias. O próprio vice-governador eleito, Antônio Andrada, que cuida do relacionamento do novo governo com os parlamentares, já deixou claro que “não haverá votação este ano”, num claro recado ao governo. Sem polemizar, quem respondeu ao futuro vice foi o deputado Dinis Pinheiro (foto), presidente da Assembleia. Perguntado sobre a declaração de Andrada de que nada será votado Dinis respondeu com outra pergunta: “ele é deputado estadual?”. Garantiu ainda que as votações acontecerão normalmente, com a presença da base governista. É esperar para ver quem vence a disputa.

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