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Vargas vai perder o mandato

Paulo César de Oliveira
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Após seis adiamentos e em meio a blindagem de petistas, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados confirmou ontem decisão do Conselho de Ética da Casa que aprovou a cassação do deputado André Vargas (sem partido-PR). Com isso, o processo por quebra de decoro parlamentar segue para análise final no plenário da Câmara, com votação aberta. Para a cassação ser aprovada, são necessários 257 votos favoráveis. Pelo regimento, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), tem duas sessões do plenário para marcar a discussão do processo. A defesa do deputado afirmou que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal contra decisão do conselho e da CCJ. “A tendência é judicializar [o processo]”, disse o advogado Marcelo Saliba. Ex-vice-presidente da Câmara, Vargas (foto) é acusado de quebra de decoro por ter ligação com o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava-Jato da Polícia Federal. A punição de Vargas foi aprovada em 20 de agosto pelo Conselho de Ética. O órgão disciplinar levou em consideração que Youssef, conforme a Folha revelou, emprestou a Vargas um jatinho para que ele e a família pudessem passar as férias no Nordeste. Além disso, Vargas é suspeito de intermediar interesses de empresas fantasmas do doleiro em contratos com o Ministério da Saúde. Depois da decisão do conselho, Vargas apresentou recurso à CCJ alegando irregularidades durante as etapas do processo no órgão disciplinar. Num acordo informal costurado por parlamentares aliados, principalmente do PT e PMDB, a comissão adiou por seis vezes a discussão do caso nas últimas semanas.

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