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Voto buscado um a um

Paulo César de Oliveira
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Com uma campanha feita boca a boca, recheada de promessas corporativistas e insuflada pelo discurso de independência do Palácio do Planalto, Cunha procurou um a um os parlamentares e cortejou na véspera da eleição os 198 novatos que desembarcaram em Brasília. Segundo aliados, não dormiu de sábado para domingo, em telefonemas e conversas que vararam a madrugada. Após a vitória, houve queima de fogos na frente do Congresso. “Em nenhum momento falamos que seríamos oposição e não seremos. O governo sempre terá legitimidade, mas houve uma tentativa de ingerência do Poder Executivo e o Parlamento soube reagir. Não temos que fazer disso uma batalha nem qualquer tipo de sequela”, afirmou, depois de eleito Cunha passou toda a votação diante das cabines onde os congressistas depositavam seus votos. Além de agradecer nominalmente a cada potencial eleitor, pedia abertamente o voto dos deputados. “Aqui não tem lei que proíba a boca de urna”, dizia. Foi comparado pelos próprios correligionários a um vereador em campanha. ​

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