Benjamin Netanyahu (foto/reprodução internet) foi à Casa Branca, não para negociar, mas para bajular. Fez de um jantar de Estado um teatro de adulação explícita. O alvo: Donald Trump, que sonha com o Nobel da Paz que não virá. A sua obsessão nasceu do prêmio dado ao ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. O premiê israelense, acuado pela guerra que já dura 21 meses e esgota seu país, sabe que precisa de Trump: tanto para manter o Irã acuado quanto para salvar sua própria pele. Em troca do apoio, ofereceu uma carta ao comitê do Nobel indicando Trump. Não é loucura, é cálculo. Israel não venceu Hamas, não resgatou todos os reféns, e Gaza continua em ruínas. Doha pode devolver alguns cativos, mas a paz está distante. Trump quer posar de pacificador. Netanyahu quer um aliado na próxima guerra. A encenação continua. Mas o palco é frágil e o Nobel, apenas um espelho onde vaidades se olham.