Dr. Marcos Andrade
Saúde não é ausência de doença, mas sim o bem-estar físico, psíquico e social. Isso me permite a ousadia de adentrar no tema de hoje.
Somos um Brasil doente. Assim como ocorre com nossos corpos, temos uma doença e vários sintomas — e não muitas doenças ao mesmo tempo. Meus professores me ensinaram isso: muitos diagnósticos quase sempre advêm da falta de um diagnóstico correto.
A única doença do Brasil chama-se AUSÊNCIA ABSOLUTA DE EDUCAÇÃO. O resto é manifestação sintomática.
Vejamos:
- Corrupção nada mais é do que sintoma de falta de educação social.
- Endemias e pandemias: falta de educação sanitária.
- Politicagem: falta de educação política.
- Educadores displicentes: falta de educação cívica.
Errar e acertar fazem parte do cotidiano de quem se dedica ao trabalho. Quanto mais dedicação, mais exposição ao erro.
Mas a falta de educação impede que as pessoas tenham a capacidade de rever suas condutas.
O episódio desta semana no Rio de Janeiro é patético.
A falta de educação social de uma minoria levou à criação de um estado marginal. O sintoma decorrente: o caos.
E, muitas vezes, é preciso tratar os sintomas até que se possa erradicar a doença básica.
São inevitáveis remédios emergenciais e amargos até que se faça a prevenção adequada.
Criar vagas para populações minoritárias terem acesso ao curso de medicina, por exemplo, já é dar a essas pessoas um atestado de falta de educação.
Manter esse privilégio para o acesso à especialização após a formação básica é gritar que a educação falhou.
Agora, fazer o que estão fazendo em Pernambuco — criando um curso de medicina para filiados ao MST — é definitivamente colocar o Brasil em um CTI, sem equipamentos e sem pessoas educadas para trabalhar.
Sentença de morte!
Dr. Marcos Andrade – Cardiologista/Clínica Marcos Andrade












