Marcus Andrade – Articulista
Tenho insistido no tema da promoção da saúde física e mental, neste momento em que estamos atravessando um período de intensa conturbação e espanto, ratificando o conceito de que nós, seres humanos, somos biológicos, psíquicos e sociais. Não existe saúde sem esse alinhamento.
Assim, enxergo como obrigatória a manifestação dos médicos em temas que envolvam desordem social. Educação moral e cívica não precisa estar escrita; tem que ser intrínseca, estar dentro de cada cidadão.
Estamos nos sentindo tão frágeis em nossa segurança que, a toda hora, surgem clamores por novas leis para reger as relações setoriais.
Os três Poderes da Nação perderam completamente o foco de que são “funcionários públicos”, remunerados e temporários, e que devem se restringir, em seus atos, estritamente ao cumprimento das funções para as quais receberam designação, com competência e honestidade. Dentro da ordem e da lei, podem e devem ser demitidos pelo povo quando se desvirtuam.
As pessoas estão doentes de tanto serem expostas a atos descabidos dos três Poderes. Não mais existe tranquilidade para viver feliz, produzir sem ser exposto ao “quinto do ouro” e sentir-se protegido pela Justiça.
A necrose moral tem um cheiro insuportável. A história universal está repleta de revoluções sangrentas como busca final da restauração da saúde social.
Vejo como última tentativa de solução uma nova Assembleia Constituinte. A primeira tarefa seria escolher uma comissão de notável saber e currículo moral para ditar as regras necessárias para alguém se candidatar à Constituinte.
E aí o caminho será longo, mas certamente menos doloroso do que a imobilidade atual. Estamos anestesiados. Temos que acordar e transformar este Brasil em uma grande empresa, com gestão profissional que responda pelos seus atos.
Temos excelentes empresas brasileiras para ilustrar o tipo de gestão de que precisamos. Exemplo? Embraer. Meritocracia. Resultados.
(Ordem e Progresso – lembram?)












